Estudantes dos colégios da rede estadual de Bom Jesus da Lapa (796 km de Salvador) celebraram, nesta segunda-feira (3), o Dia Nacional em Defesa do Velho Chico. O evento é uma alusão à campanha “Eu viro carranca para defender o Velho Chico’, que acontece, a nível nacional, em parceira com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, nas cidades banhadas pelo rio. O evento visa chamar a atenção da sociedade para a necessidade de preservação e revitalização de um dos mais importantes cursos d’água do Brasil e da América do Sul.
Na programação, atividades educativas, roda de capoeira e a peça teatral “Velho Chico: Histórias, Contos e Lendas”. No Teatro Municipal Ivonildes de Melo, acontece a exposição de artes “Diversidade de um rio: todo mundo virando carranca através da arte” e uma caminhada em defesa do rio. A diretora do Núcleo Territorial de Educação de Bom Jesus da Lapa (NTE 02), Ayrleide Maria Pereira, participou da programação e falou sobre a importância do evento para o aprendizado e a conscientização dos estudantes. “Estamos caminhando com faixas, placas e cartazes para chamar a atenção da população e das autoridades para a preservação do nosso rio e das espécies que vivem nele. E nossos estudantes, como cidadãos, precisam saber sobre a história do lugar e pensar em formas de cuidar e defender o São Francisco, que é vital para o nosso município”, conta.
Para a estudante Maria Clara Andrade, 15, 2º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual São Vicente de Paula, o uso inadequado das águas do rio e a estiagem, devido aos fatores climáticos, são prejudiciais para o crescimento do município e para o meio ambiente. “As pessoas precisam se conscientizar que, se não preservar, vai acabar. Nosso rio está sumindo cada dia mais e precisamos dele para irrigar as plantações, matar a sede dos animais e até movimentar o turismo da cidade”, pontua.
Sua colega Camila Santos, 17, também do 2º ano, disse que o trabalho de conscientização é fundamental para a revitalização do rio. “Temos que cuidar do que é nosso. O Brasil é rico em recursos hídricos, mas o Velho Chico está vulnerável. Esta é a nossa forma de mostrar que estamos atentos e contamos com a colaboração da população para lutarmos juntos, para que o rio continue existindo”, fala.
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